Wednesday, September 28, 2005

Uma dose violenta de amor.

A pureza daquele momento era maior do que pareceria se tivessemos sido flagrados. Porque eu não era sua e você não era meu. Éramos do amor e ele nos cobria com promessas calmas de felicidade perpétua. Ich liebe dich! Ich liebe dich! Sussurrava com os longos dedos entrelaçados aos meus. E no gemido sufocado das nossas confições explodiam 152mil fogos de artifício dentro do meu corpo, das mais diversas formas e matizes.

Aí depois de tudo, você passou pelo portão como sempre, atravessou a rua como sempre, e entrou no carro sem olhar para trás. Eu fiquei aqui... sentindo o seu cheiro impregnado nos meus ombros e no meu travesseiro. Fiquei aqui olhando para os lugares onde você esteve. Te vendo sem você estar. "Quando não estás aqui, sinto falta de mim mesmo e sinto falta do meu corpo junto ao seu." Aí as coisas ficam tortas, o tempo desrespeitoso em sua cadência, a realidade turva, as mãos inquietas. Estranho seria o desígnio da minha vida se você não existisse. Eu não devia confessar tudo isso a voce, mas se o faço é porque te entrego as minhas armas imaginando que jamais elas serão usadas contra mim.

O negócio, babe, é que você sempre acerta sem querer, sem saber. E se isso não é amor, então...

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Cibelle


pra que dizer algo?!
=)
=*

1:14 AM  
Anonymous Anonymous said...

gente apaixonada merece morrer. saiba disso. ;)

10:29 AM  

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