Thursday, May 24, 2007

No vai e vem daquela florzinha, ainda fresca e orvalhada, ela ia marcando o tempo que passava despretensioso e pautado. Deitada no campo sobre minúsculas criaturas sentia o seu corpo derretendo em forma de amor enquanto os seus pensamentos se dirigiam sempre àqueles delírios soltos, àquela paixão doida. Era ele que me salvava vidas. Era ele que fazia brotar em mim um sorriso bobo e pleno. Justo ele, tão frágil que se escondia atrás dos próprios cabelos lânguidos e molhados, reinventando o mundo como se lhe fosse permitido. O campo cheio de horizontes flutuantes a afastava do amor e tudo o que ela queria era se aproximar de algo que fosse menos dolorido que a saudade. I need you here drowning deep inside of me.

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