Monday, March 09, 2009

The love is blood.

*Prometeu que um dia se casará comigo. Mas, honestamente, não entendo bem o fluxo que tais palavras seguem: “um dia” é uma grande abertura de tempo e o amor arde em mim em um certo agora, com urgência, com pavor. Não existe amor se não sangramos, então pouco me resta a fazer – eu que me sinto tão presa dentro deste corpo – a não ser esperar por ele pra sempre. Eu esperaria pra sempre pelo amor! Porque só agora eu vejo glória em uma flor plantada e só agora eu entendo que a paciência é mesmo a maior das virtudes. Eu catei a beleza possível de cada detalhe, juntei e entreguei a ele. Ir além disso seria desafiar a metafísica, viajar pela incompletude, pelo inferno, pelo simbólico e a felicidade poderia ser tão violenta que eu não a suportaria, transformando a espera vazia de significados, de flores novas e abertas. Ele é a minha estrada a ser percorrida, a vitória-régia sobre a qual flutuarei, ele é o amor em forma de músculos e fibras fantásticas sobre os quais quero me deleitar. Um dia.