Monday, October 12, 2009

Céus, como eu queria que aquele pássaro pousasse de novo em meu travesseiro, como queria que ele derramasse sobre mim todo o peso de suas habilidades. Eu passaria bem de leve as mãos por suas curvas tão perfeitamente modeladas e beijaria as flores que foram deixadas sobre a minha cama! Aqui, no meu pedacinho do mundo, ainda sinto a presença calma da felicidade, bem como o som exuberante de sua música! Sempre abro dentro de mim todas as janelas possíveis para que ele volte, porque pior gaiola é aquela que se constrói dentro do peito, ali onde um músculo pulsa pela vida! Saibam que eu choro sim! Eu choro esta ausência por nós dois e espalho deste modo minhas partículas de dor e de saudade pela atmosfera úmida sem, todavia, manchar a beleza de nossos momentos, sem lamentar cada despedida necessária para o nascimento de um novo encontro. Prometi não mais atraí-lo para as armadilhas do meu abraço e, em contrapartida, ele enviou-me a mais honesta poesia: “liberdade, é o que quero dizer”.