Todos os pedaços do meu corpo flutuavam. O sopro doido do cotidiano desorganizava tudo o que, outrora, fora belo e íntegro. Abismos cheios de humor e graça abriam-se com impetuosidade sob os meus pés, como em uma brincadeira insólita e fatal. Doce e amargo? Amor e ódio? Veja que nem tudo é dialética e que mesmo tão dividida, ainda havia uma parte de dentro, que escorria e chovia de forma torrencial, que se perdia, sufocada, sucumbida. No entanto, mesmo em pleno desespero sabe-se que sempre haverá uma fresta pela qual pode-se olhar a calmaria, distante, alhures.
A chuva agora é lá fora e tão perto!
A chuva agora é lá fora e tão perto!
She “never felt good except when she was sleeping”