Friday, March 31, 2006

http://www.myspace.com/markronson

Ouçam, ficou muito legal!

Wednesday, March 29, 2006

Ora, uma pessoa sem sentimentos não pode ser ferida.

Friday, March 24, 2006

Ele tem nome de anjo.

Nós dois, assim, no mesmo ambiente, e todo o ambiente, assim, entre a gente. Oh! como eu te busco, como te farejo e te percebo calmamente. Em você, eu procuro sintomas e sinais. A timidez doce da sua postura, os dedos longos, finos e sofridos que dançam pelos ares nos seus movimentos. Eu te procuro, assim, em mim como quem se prende ao fio já desgastado de esperança tola e persistente. O desenho do seu corpo em linhas flutuantes, delicadas de homem bom, os cabelos tão negros sobre os ombros perfumados, trapaceam a melancólica existência do seu ser que tanto atrai e apaixona o meu. Os seus olhos são os dias que não cruzam com os meus e os seus cabelos a noite que eu tanto queria me afogar, meu deus, me afogar em suspiros loucos, em afagos soltos, toda dentro de você.

Thursday, March 23, 2006

Eu que não choro mais.

Tuesday, March 14, 2006




Uma devastação penetrava no meu íntimo e eu rejeitava a melhor parte de mim. Eu via a minha vida como um campo infindável. Se eu estava lá era porque optei viver por amor e não morrer por ele. As pedras pareciam ter alma e refletiam infinitamente o que parecia ser os restos de você. "O que pode crescer sem a chuva? O que pode arder por anos a fio? As pedras crescem sem chuva. Mas somente o amor pode arder por anos a fio." A minha vida era sim um campo infindável, devastado, cru, cheio de mortalhas do passado, associado livremente à repressões e regressões dos mais obscuros e temerosos aspectos, podres. Mas havia também toda uma jornada de uma parte pura, limpa, iluminada de alma e de reflexos bons. É por causa dessa parte de mim que "mesmo se me matarem, mesmo se me enterrarem, eu me levantarei."

Saturday, March 11, 2006

Carolina, nos seus olhos fundos guarda tanta dor, a dor de todo esse mundo
Eu já lhe expliquei, que não vai dar, seu pranto não vai nada ajudar
Eu já convidei pra dançar, é hora, já sei, de aproveitar

Lá fora, amor, uma rosa nasceu, todo mundo sambou, uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo, pela janela, ah que lindo
Mas Carolina não viu...
Carolina, nos seus olhos tristes, guarda tanto amor, o amor que já não existe.
Eu bem que avisei, vai acabar, de tudo lhe dei para aceitar
Mil versos cantei pra lhe agradar, agora não sei como explicar

Lá fora, amor, uma rosa morreu, uma festa acabou, nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela, o tempo passou na janela
e só Carolina não viu.

Chico Buarque - Carolina